Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

US tariff does not stop exports of orange juice from Brazil, but cost rises US$$100 million

Logotipo Reuters

SÃO PAULO (Reuters) – As tarifas adicionais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não inviabilizarão exportações de suco de laranja do Brasil para o seu segundo maior mercado, mas o custo anual da taxa foi estimado em US$100 milhões ao ano, em momento em que os preços da commodity estão em queda acentuada, segundo estudo da associação de exportadores CitrusBR, divulgado nesta segunda-feira.

O cálculo considera a exportação anualizada de aproximadamente 235,5 mil toneladas ao mercado norte-americano, que só perde para os europeus no ranking dos importadores do produto brasileiro. Esse valor se soma aos tributos dos EUA já incidentes, como a tarifa de US$415 por tonelada de suco de laranja (FCOJ equivalente a 66 Brix).

Somando-se as tarifas atuais e a nova medida, o total de impostos pode atingir cerca de US$200 milhões anuais, ou aproximadamente R$1,1 bilhão, estimou a CitrusBR. Esse valor representa cerca de 8% da receita com as exportações totais do Brasil, que somaram US$2,5 bilhões na safra completa 2023/24.

“Quem paga é sempre o importador, que no caso é uma empresa vinculada e do mesmo grupo econômico (do exportador), então não tem como fugir. A partir daí cada empresa vai lidar com seus clientes… As exportações para os EUA devem continuar, mas com um custo maior para a nossa cadeia de valor…”, disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Os Estados Unidos respondem por cerca de 37% das exportações brasileiras do produto.

As tarifas adicionais chegam em momento de queda livre nos preços do suco de laranja negociados em Nova York, após as máximas históricas de mais de US$5 por libra-peso vistas ao final do ano passado.

Expectativas de melhora da safra brasileira, maior produtor e exportador mundial de suco de laranja, e até impactos no consumo colaboraram para a derrocada dos preços altos, que tinham caído cerca de 50% até o final de março, antes do anúncio das tarifas. Após as taxas, os contratos futuros do suco caíram mais alguns pontos percentuais, para US$2,58/libra-peso.

“É uma conjuntura bastante incômoda porque, de fato, junta esses dois fatores. Por um lado houve uma depreciação nos preços dos contratos futuros e, por outro, essa tarifa que toma 10% da receita do setor”, disse Netto.

A situação só não é pior porque concorrentes do Brasil, como o México, tiveram tarifas maiores do governo Trump.

O México, segundo maior fornecedor de suco para os norte-americanos, recebeu uma taxação ainda maior, de 25%.

“As empresas brasileiras seguem, de forma individual e com base em suas estratégias comerciais, abastecendo o mercado dos Estados Unidos com suco de laranja de alta qualidade”, acrescentou a CitrusBR, em nota.

A associação lamentou a medida do governo dos EUA, que não considerou “o histórico de complementaridade entre a produção brasileira e a indústria da Flórida, além da relação de longo prazo com empresas engarrafadoras que atuam nos Estados Unidos”.

A busca por outros mercados poderia ser uma alternativa, mas os chamados “outros destinos” não se criam do dia para a noite, disse Neto.

“Mas estamos na luta. Abrimos recentemente uma cota na Coreia do Sul com tarifa de 10% ante 54% e estamos negociando com Índia, sempre por meio do governo brasileiro”, comentou.

(By Roberto Samora)

THE Bela Cereais works with the best grains on the market and also keeps you up to date with the latest news and analyses on agribusiness.
Don't forget to follow our social networks.

Access News Source