O mercado da suinocultura brasileira segue apresentando resultados expressivos, beneficiando produtores e processadores. Segundo a Consultoria Agro do Itaú BBA, o preço do suíno vivo, ponderado pelos abates da Região Sul e de Minas Gerais, avançou 5% em relação ao período anterior, enquanto os custos aumentaram apenas 1%, fortalecendo o spread da engorda, em patamar historicamente elevado.
Apesar da valorização inicial, os preços do animal se estabilizaram nos últimos dias, sendo negociados próximos de R$ 8,75/kg em São Paulo e R$ 8,25/kg em Minas Gerais, valores ainda considerados satisfatórios pelo setor.

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As exportações bateram recorde histórico, com 134 mil toneladas de carne suína in natura embarcadas, aumento de 25% na comparação anual e 14,3% no acumulado de janeiro a outubro de 2025. Filipinas, Japão, México e Vietnã lideraram as compras externas, com destaque para as Filipinas, maior cliente do ano, que ampliaram as importações em 68%, respondendo por 24% do total exportado, seguidas por China (12%), Chile (9%) e Japão (8%).
O preço médio de exportação se manteve estável em US$ 2.580 de toneladas e, mesmo com leve alta nos custos, o spread externo recuou 2 pontos percentuais, para 43%, ante 45% no mesmo período de 2024.
Dados preliminares dos abates SIF referentes ao terceiro trimestre de 2025 indicam crescimento superior ao consolidado pelo IBGE para o primeiro semestre, de 2,5%. Além disso, o peso médio das carcaças está maior, resultando em produção de carne suína acima da variação no número de cabeças abatidas.
Com o sólido avanço das exportações e o mercado interno absorvendo bem a maior oferta, que levou a um aumento de cerca de 6% no consumo aparente em relação ao mesmo período de 2024, o setor mantém trajetória positiva, mesmo com preços firmes.