As primeiras previsões da safra 2025/26 indicam um cenário climático bem mais equilibrado do que o vivido nos últimos ciclos. As chuvas retornam de forma mais regular e bem distribuída, tanto no Cerrado quanto no Sul do Brasil, condição que anima produtores e técnicos ao favorecer o bom desenvolvimento inicial das lavouras de soja. Mas o mesmo clima que promete estabilidade traz de volta uma velha e perigosa conhecida do campo: a ferrugem asiática.
Provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a doença é considerada uma das mais agressivas e destrutivas da cultura, capaz de reduzir até 80% do potencial produtivo se não for controlada a tempo. O risco de disseminação aumenta justamente em ambientes úmidos e com temperaturas amenas, combinação que deve marcar esta safra, especialmente nas regiões com plantios mais tardios.

Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi
A ferrugem é uma doença que não dá segunda chance. Quando aparece cedo, o prejuízo é praticamente inevitável. Por isso, a recomendação técnica é investir em manejo preventivo desde as primeiras aplicações, com uso de produtos de alta eficiência, ação persistente e segurança agronômica comprovada.
A doença ataca as folhas da planta, comprometendo a fotossíntese e, por consequência, o enchimento dos grãos. O resultado é perda de vigor, queda de produtividade e, em casos graves, inviabilidade econômica da lavoura.
Em um ano que promete clima mais estável, o sucesso da soja brasileira dependerá menos do acaso e mais da estratégia. Decisões técnicas bem orientadas, aliadas a ferramentas modernas de controle e a um calendário de aplicação ajustado ao risco, serão determinantes para garantir não apenas a sanidade das lavouras, mas também a sustentabilidade da produção no campo.
