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Mancha-alvo pode causar até 20% de queda do potencial produtivo da soja

No campo, a soja é atacada por muitas doenças fúngicas que podem causar prejuízos tanto no rendimento quanto na qualidade dos grãos. As que mais infectam a cultura apresentam uma dinâmica variada e têm o controle influenciado por diferentes condições de clima, cultivares e populações dos fungos presentes nas áreas.

Dentre as principais doenças, a mancha-alvo (Corynespora cassicola) é um ponto de atenção, pois apresenta alta severidade, problemas de resistência e a infestação no campo cresce a cada safra. “Nos últimos anos, a mancha-alvo teve aumento de 33% ao ano na área tratada no Brasil. Esse percentual de crescimento anual é maior que outras problemáticas na soja, como ferrugem, mofo-branco e antracnose, no mesmo período. Isso comprova que o manejo da cultura deve avaliar o complexo de doenças de cada região”, enfatiza o engenheiro agrônomo Fábio Lemos.

Dentre os fatores para a evolução da doença está a seleção genética de materiais altamente produtivos, porém com maior suscetibilidade a patógenos, ampla área cultivada, sistema de soja-algodão, em que a doença se desenvolve e causa danos, simultaneamente submetidas a diferentes condições climáticas, e diversidade de variações entre populações de fungos submetidas a condições diversas de pressão e seleção. “Uma vez que haja condições para a ocorrência, as perdas pela falta de um controle preventivo podem ser devastadoras à cultura, com redução de 15 a 20% do potencial produtivo, em escala variável. Por isso, é muito importante que o produtor faça o programa preventivo de controle de doenças da lavoura em associação com produtos multissítios e biológicos”, menciona o profissional.

Lemos explica que o uso frequente do mesmo fungicida promove uma maior pressão de seleção e, portanto, acarreta uma menor eficácia do manejo das doenças. “Na ausência de novos ativos, a rotação de grupos químicos e moléculas atenuam a pressão sobre as populações e conferem mais controle”, ressalta, acrescentando: “O controle das doenças no momento adequado resulta em mais vagens por planta, maior permanência das folhas, com otimização da fotossíntese e do enchimento de grãos, além do uso mais eficiente dos fungicidas. Esses fatores reduzem diretamente as perdas causadas por doenças e geram benefícios que vão além da sojicultura, ao contribuir para o manejo integrado de pragas no ambiente e produzir reflexos positivos também em outros cultivos”.

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