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Preços da soja recuam no mercado brasileiro

Após dois meses de quedas consecutivas, a soja voltou a se valorizar na Bolsa de Chicago em setembro. O grão encerrou o mês com alta de 1,4%, cotado a US$ 10,19 por bushel, impulsionado pela percepção de que a produção norte-americana pode ficar abaixo do previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As condições climáticas adversas, com um agosto mais seco do que o esperado e grãos colhidos com baixa umidade, sustentaram a recuperação das cotações.

Outro fator que influenciou o mercado internacional foi o movimento do governo argentino de retirar e, posteriormente, retomar o imposto de exportação sobre o grão, as chamadas retenciones. Essa instabilidade política e comercial contribuiu para o aumento da volatilidade nas cotações em Chicago.

No mercado brasileiro, no entanto, a valorização internacional não se refletiu nos preços domésticos. A apreciação do real frente ao dólar e a estabilidade dos prêmios de exportação resultaram em queda de cerca de 1% nas cotações da soja em Paranaguá, onde a saca foi negociada a R$ 139 no fim de setembro.

O plantio da safra 2025/26 teve início no país, favorecido pelo retorno antecipado das chuvas em relação ao ano passado. Apesar de volumes ainda irregulares, a umidade do solo foi suficiente para impulsionar o avanço em áreas de sequeiro e iniciar o cultivo em regiões irrigadas. Até o momento, 11% da área projetada foi semeada, acima dos 9% registrados no mesmo período de 2024. No Mato Grosso, principal produtor nacional, o IMEA apontou que 21% da área havia sido semeada até 10 de outubro.

As vendas antecipadas da nova safra, porém, seguem em ritmo lento. Dados da Safras & Mercado indicam que 23% da produção estimada foi comercializada até o fim de setembro, abaixo da média histórica de 32% e também inferior aos 28% registrados no mesmo período do ano anterior. Com uma colheita potencial de 175 milhões de toneladas, o volume já negociado é de cerca de 40 milhões de toneladas.

O cenário reflete a cautela dos produtores, que enfrentam preços mais baixos e alta volatilidade cambial, fatores que têm desestimulado as negociações antecipadas e mantido o mercado doméstico em compasso de espera.

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