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Dados do primeiro trimestre deste ano apontam que o comércio do Brasil com o Egito tem feito progresso em vários âmbitos. A exportação egípcia ao mercado brasileiro quase dobrou no período e o Brasil também avançou nas vendas ao Egito, com crescimento expressivo nos embarques de algodão e de gado vivo. As informações são dos sistemas Agrostat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e Trade Map.
De janeiro a março, a corrente comercial entre Brasil e Egito foi de US$ 1,09 bilhão, com crescimento de 23,2% sobre o mesmo período de 2024. As exportações brasileiras ao país avançaram 8,4% no mesmo comparativo, para US$ 805,6 milhões, e as vendas do Egito ao Brasil subiram 99,2%, para US$ 286,8 milhões. Com isso, houve superávit de US$ 518,8 milhões para o Brasil no comércio com esse país árabe.
A maior parte das vendas brasileiras ao mercado egípcio foi de produtos do agronegócio, que respondeu por 86,96% do total, fazendo da nação árabe o nono maior mercado do segmento no exterior. Os destaques, em percentuais de crescimento, foram as exportações de animais vivos, com alta de 641% para US$ 46,68 milhões; fibras e produtos têxteis (algodão), aumento de 422,7% para US$ 38,7 milhões; e chá, mate e especiarias, com crescimento de 267,4% para US$ 7,71 milhões.
O Egito também tem produtos do agronegócio na sua pauta de exportações ao Brasil, mas esse não é o setor predominante. Do total que os egípcios venderam ao mercado brasileiro, 18,66% foram produtos do campo, em um total de US$ 53,5 milhões. Em receita, os produtos do agro que o Egito mais enviou ao Brasil foram as frutas, com US$ 23,67 milhões e destaque para as laranjas; os produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos, com US$ 22,4 milhões e grande presença de batatas; e as fibras e produtos têxteis, com US$ 2,78 milhões, em especial em fios, linhas e tecidos de algodão.
