Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Com clima imprevisível, safra 2025/26 testa preparo técnico e capacidade de reação do produtor

A safra 2025/26 já avança em ritmo acelerado pelo Brasil, e as primeiras decisões deste ciclo já estão sendo tomadas em meio a um ambiente marcado por incertezas climáticas, custos sensíveis e exigência crescente por insumos de maior eficiência agronômica.

Após duas temporadas consecutivas de forte instabilidade, a 25/26 se inicia com um padrão climático que exige atenção redobrada. A distribuição irregular das chuvas, as oscilações de temperatura e a alternância entre El Niño e La Niña ampliam a importância de manejar o arranque das culturas com precisão. Esses fatores tornam ainda mais valioso o uso de insumos eficientes e tecnologias que ajudam a garantir vigor inicial, uniformidade e estabilidade ao longo do ciclo.

Photo: Freepik

A esse contexto climático se soma uma conjuntura econômica que reforça o protagonismo das decisões técnicas. A volatilidade internacional, as variações cambiais e os custos mais sensíveis colocam a escolha de fertilizantes, defensivos e bioinsumos no centro da estratégia do produtor. Cada decisão tomada agora influencia diretamente a construção de produtividade, o aproveitamento dos nutrientes e a saúde do solo, especialmente em um ciclo que tende a premiar quem atua com precisão e inteligência agronômica.

O agronegócio brasileiro deve encerrar 2025 com produção superior a 353 milhões de toneladas de grãos, mas a consolidação desse volume depende de eficiência dentro da porteira. Em um ambiente de margens mais estreitas e alta dependência da regularidade climática, a assertividade nas escolhas de insumos se torna determinante para o desempenho das lavouras.

Para o doutor em Agronomia, Douglas Vaz-Tostes, a força da safra está diretamente ligada à qualidade dos insumos utilizados. “A escolha correta dos insumos, principalmente dos fertilizantes,  define a eficiência de todo o sistema produtivo. Quando o produtor investe em nutrientes adequados, na dose certa e no momento certo, ele reduz perdas, aumenta a rentabilidade e protege o potencial produtivo da cultura. Em um cenário de clima instável, acertar nessas decisões deixa de ser recomendação e passa a ser condição básica para o sucesso da safra”, salienta.

Nesse contexto, a fertilidade assume papel central. A qualidade da adubação no sulco, a seleção criteriosa das fontes e o uso de tecnologias que aumentam a disponibilidade e a eficiência dos nutrientes são fatores que moldam diretamente o desempenho ao longo do ciclo. A volatilidade dos preços globais de ureia, MAP e KCl reforça a importância de estratégias inteligentes, que incluem fertilizantes de maior eficiência, tecnologias de liberação controlada e combinações capazes de ampliar absorção e aproveitamento.

Outro protagonista da safra 2025/2026 é o avanço dos bioinsumos, que crescem mais de 20% ao ano e consolidam-se como ferramentas indispensáveis na estratégia moderna. Inoculantes, promotores de crescimento e soluções de proteção biológica se tornam essenciais para maximizar vigor inicial, aprofundar raízes e aumentar a resiliência frente ao estresse hídrico e à pressão de patógenos, pontos críticos em ciclos marcados por irregularidade climática.

O ambiente de mercado também exige atenção. A volatilidade internacional impacta diretamente soja e milho, demandando estratégias comerciais mais estruturadas, como hedge, contratos antecipados e organização logística desde a armazenagem até o transporte. Regiões com gargalos estruturais precisarão ajustar operações para evitar perdas e atrasos.

Photo: Disclosure/OPR Archive

Apesar dos desafios, a safra 2025/26 apresenta oportunidades consistentes. A evolução das tecnologias de monitoramento, sensoriamento remoto, agricultura de precisão e ferramentas digitais permite decisões mais ágeis, precisas e rentáveis. A integração entre informação, tecnologia e insumos de alta performance potencializa a produtividade, reduz custos e fortalece a sustentabilidade do sistema de produção. “A agricultura nacional já provou que cresce mesmo em cenários adversos. Na safra 2025/26, o protagonismo do produtor dependerá da soma entre conhecimento técnico, escolhas estratégicas e eficiência no manejo. Quem age com precisão não apenas fortalece a safra atual, mas amplia seu potencial futuro em um setor que continua sendo o motor econômico do país”, evidenciou o especialista.

THE Bela Cereais works with the best grains on the market and also keeps you up to date with the latest news and analyses on agribusiness.
Don't forget to follow our social networks.

Access News Source