As expectativas para o relatório de oferta e demanda de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicavam ajustes pontuais nos números da soja norte-americana para a temporada 2025/26. O mercado projetava uma leve redução na produtividade, reflexo da piora nas condições das lavouras observada ao longo de setembro. A média das estimativas apontava para 53,2 bushels por acre, uma queda de 0,6% em relação à previsão anterior, de 53,5 bushels por acre.

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Com a manutenção da área a ser colhida, a menor produtividade levaria a uma revisão na produção total, que passaria de 117,1 milhões para 116,2 milhões de toneladas, retração de 0,7%. Nos estoques finais, a expectativa era de corte marginal, de 0,3%, com volumes recuando de 8,2 para 8,1 milhões de toneladas. Parte dessa redução seria compensada por um leve ajuste nas exportações, diante de um cenário de demanda externa ainda incerto.“De uma forma geral, apesar dos cortes esperados, o relatório provavelmente teria um tom neutro, já que o mercado continua avaliando o impacto da desaceleração da economia chinesa e do aumento das tensões comerciais entre EUA e China”, afirma o coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, Luiz Fernando Roque.
Com a suspensão da divulgação do relatório em outubro devido ao shutdown do governo norte-americano, as estimativas permanecem apenas no campo das projeções. O próximo relatório do USDA, previsto para novembro, deve consolidar os dados de oferta e demanda da nova temporada e trazer mais clareza ao mercado internacional da soja.