No atual cenário do agronegócio, eventos climáticos extremos, variações de mercado e desafios logísticos estão cada vez mais frequentes. A gestão de risco torna-se peça-chave para a proteção e o bom funcionamento das operações como um todo. As mudanças climáticas como secas prolongadas e chuvas intensas, somadas às instabilidades econômicas e logísticas, têm exigido dos produtores e empresas do setor medidas mais defensivas e estruturadas.
Com o aumento da vulnerabilidade no campo, cresce também a necessidade de soluções que ofereçam segurança em meio às adversidades. Em janeiro deste ano, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) divulgou um estudo que aponta uma perda de aproximadamente R$ 24,4 bilhões no setor agropecuário, valor bastante impactado pelas mudanças climáticas.
Mas o risco no agro não se limita ao ambiente natural. Os desafios operacionais e financeiros também fazem parte da equação. Dados do Serasa Experian mostram que, em 2024, a inadimplência entre os setores rurais brasileiros apresentou variações ao longo do ano. No primeiro trimestre, a taxa atingiu 7,3%, representando um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023. No segundo trimestre, houve um aumento para 7,4%, e, no terceiro trimestre, o saldo negativo chegou a 7,7%.
É justamente nesse contexto que os seguros se tornam protagonistas. Eles atuam como uma rede de proteção para que produtores, cooperativas e empresas do setor possam atravessar períodos adversos sem comprometer a continuidade do negócio. A gestão de riscos permite antecipar problemas e tomar decisões com mais segurança, reduzindo incertezas e protegendo o patrimônio.
O papel do seguro vai muito além da apólice: ele atua em parceria com cooperativas, distribuidoras de insumos e instituições financeiras, ajudando a proteger o fluxo de caixa e evitando que medidas como a recuperação judicial precisem ser acionadas para sustentar as operações. O agronegócio brasileiro lida com desafios cada vez mais complexos e imprevisíveis e, diante desse cenário, a gestão de riscos se tornou essencial para garantir estabilidade e proteger o patrimônio.
Diante de tantas variáveis incontroláveis, a profissionalização da gestão de riscos no agronegócio não é mais uma opção, mas uma necessidade estratégica. Investir em planejamento, proteção e prevenção é o caminho para preservar o setor, garantir a continuidade das atividades e promover um futuro mais seguro nos processos de produção.