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Oferta recorde derruba preços da soja e amplia exportações do Brasil em 2025

O mercado de soja apresentou elevada volatilidade de preços ao longo de 2025, em um contexto de ampla oferta global, disputas comerciais entre China e Estados Unidos, mudanças na política de “retenciones” na Argentina e expansão da demanda em diversos países.

As cotações médias foram as mais baixas dos últimos anos tanto no Brasil quanto no front externo. Os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná registraram em 2025 as menores médias anuais desde 2019, em termos reais. Na CME Group, o contrato de primeiro vencimento teve a menor média anual desde 2020.

No Brasil, apesar de o ano ter começado com o menor estoque de passagem em quatro safras, o avanço acelerado da colheita 2024/25 confirmou uma produção recorde de 171,48 milhões de toneladas.

Photo: Gilson Abreu

A quebra registrada no Rio Grande do Sul foi compensada pela elevada produtividade nos demais estados, o que ampliou a disponibilidade interna e a liquidez do mercado spot. Com esse desempenho, o País respondeu por cerca de 40% da produção mundial, estimada em 427,15 milhões de toneladas pelo USDA.

Argentina e EUA também tiveram recuperação expressiva na produção, alcançando os maiores volumes desde a safra 2021/22. Os EUA colheram 119,04 milhões de toneladas, crescimento de 5% em relação à temporada anterior, enquanto a Argentina produziu 51,1 milhões de toneladas, avanço de 6%. Outros países também atingiram recordes, reforçando o cenário de ampla oferta global.

Do lado da demanda, o desempenho também foi relevante. A China importou 108 milhões de toneladas, quantidade 3,5% menor que a da safra anterior, mas esse recuo foi compensado pela expansão das compras em outros destinos.

No total, o comércio mundial de soja atingiu 184,8 milhões de toneladas em 2024/25, alta de 3,9%, com o Brasil respondendo por 55,8% das exportações globais. Os embarques brasileiros atingiram um novo recorde em 2025. A China permaneceu como principal destino, com participação de 78,3% (de janeiro a novembro), enquanto a Argentina ampliou as importações do grão brasileiro em 73,5%, um movimento atípico e relevante ao longo do ano.

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