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Quarta temporada do MT Clima e Mercado chega à Região Oeste

Aprosoja MT - Clima e Mercado

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) iniciou nesta segunda-feira (24.11) mais uma semana da série Mato Grosso Clima e Mercado. Neste 5º Episódio, a entidade percorreu os núcleos de Diamantino, São José do Rio Claro e Nova Maringá com o objetivo de mostrar a realidade da Safra 2025/26 em diferentes regiões do estado, em um cenário desafiador, com recorrentes irregularidades das chuvas e dificuldades operacionais.

O vice-presidente oeste da entidade, Gilson Antunes de Melo, destacou que a série busca dar voz a quem vive o dia a dia da lavoura. “Ninguém melhor que o produtor para falar da sua realidade, dos problemas que vem enfrentando, das dificuldades. Quando essa informação chega para outros produtores e com uma veracidade maior ainda, porque são muitos contando o que está acontecendo em cada região, isso baliza não só a realidade do estado, mas também o mercado, porque podemos antecipar informações que podem influenciar a queda de produção”, conta o produtor rural.

No núcleo de Diamantino, o produtor Rodrigo Konagesk explicou que a instabilidade climática tem marcado completamente o andamento da safra.

“Esse ano tivemos uma instabilidade no clima. Hoje estamos em uma fazenda que foi a nossa última área plantada e aqui tivemos a primeira chuva, aquela que dava a segurança de soltar o plantio, apenas no dia 24 de outubro. Com essa janela de produção, essa é uma propriedade em que temos o risco de não ter já uma janela de plantio para a segunda safra. Teremos que fazer muita conta e verificar as tendências para a próxima safra, já que não vai ter viabilidade econômica ou viabilidade porque ficou totalmente fora da janela ideal de plantio”, afirmou.

Na região, os produtores relatam a emergência desuniforme de muitas lavouras, além da necessidade de replantio e o risco de um desenvolvimento aquém do planejado. “Temos o plantio realizado, mas sem a segurança de uma produtividade ideal. No geral, teremos áreas boas e outras que vão ficar a desejar. Não acredito em médias super altas para a soja desta safra”, avaliou Rodrigo.

O cenário se repete em São José do Rio Claro. O delegado coordenador do núcleo, Fabrício Portilho, conta que o atraso na continuidade do plantio reduziu o estande de plantas, levou muitos produtores ao replantio e dificultou o controle de ervas daninhas, além de afetar a expectativa de produtividade.

“O plantio esse ano foi bem mais tarde que em anos anteriores, devido ao fator clima. Tivemos atraso, necessidade de replantio e um estande de plantas mais baixo. Eu falo isso em nome de toda a região do São José do Rio Claro que estão nessa mesma situação. Hoje, os defensivos não estão respondendo bem, estamos com dificuldade no controle das ervas daninhas, muito por causa do metabolismo baixo das plantas, da pouca água no sistema e do excesso de calor. As pragas também estão atacando com força e com controle difícil. É uma lavoura cara, com muitos desafios, e que, na minha avaliação, deve ter produtividade baixa e custo elevado”, relata.

Além disso, o produtor explica que a preocupação já se estende para a segunda safra, já que a janela do milho ficará curta. “Sabemos que vamos ter uma janela apertada para o milho e com isso, um prejuízo instalado e de custo elevado. Nós temos que comprar insumos e, é uma realidade incerta, não sabemos o tamanho da área que eu vou conseguir chegar com o milho e como todos sabem, o mercado é muito dinâmico, temos que tomar decisões cedo e ficamos à mercê do clima e do mercado”, afirma.

Em Nova Maringá, o cenário foi diferente dentro do próprio município. O produtor Valdecio Schwade explicou que as áreas mais próximas da cidade foram favorecidas no início da safra, com boas chuvas entre o fim de setembro e o começo de outubro, permitindo o avanço no plantio. Já em propriedades mais distantes, as precipitações não foram regulares.

“Aqui, nas áreas próximas da cidade, fomos agraciados com boas chuvas no início, que seguiram por alguns dias. Mas temos relatos de produtores a 10, 15 quilômetros daqui que não receberam o mesmo volume de chuva. Nessas regiões, houve atraso no plantio e até casos de replantio. Tem muitas lavouras que ficaram para trás, e produtores que só conseguiram plantar nos últimos dias. Dentro do município temos áreas com mais dificuldade, com falta de chuva e baixa umidade”, disse.

O delegado coordenador do núcleo de Nova Maringá, Lazaro Pletsch, relatou o impacto do calor extremo e da baixa umidade no manejo nas lavouras da região. “O que a gente percebeu também aqui foi a falta de eficiência de muitos defensivos, principalmente nos pós emergentes, devido ao excesso de calor e pouca umidade no ar. Tivemos muito problema de fito em vários lugares do municipio”, explicou.

Com mais de 400 quilômetros percorridos nesta segunda-feira, o MT Clima e Mercado mostra que mesmo em diferentes municípios, a safra 25/26 tem sido marcada por grandes desafios que podem afetar a produção do estado. Nesta terça-feira (25.11), a Aprosoja MT percorrerá os núcleos de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, mostrando de perto a realidade das lavouras da região oeste.

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