As estimativas de novembro para a safra de soja 2025/26 e para o milho verão praticamente não mudaram. Segundo informações da StoneX, empresa global de serviços financeiros, a razão para isso é que ambos os cultivos estão no início do ciclo.
No caso da soja 2025/26, houve uma tímida elevação de 0,1% em relação à estimativa de outubro, com produção projetada em 178,9 milhões de toneladas. Esse ajuste foi motivado pelo aumento de 50 mil hectares na área de Goiás.
O clima segue como fator decisivo. Chuvas irregulares têm atrasado o plantio em várias regiões, com necessidade de replantio em alguns casos. Previsões mais longas indicam meses mais chuvosos e precipitações regulares por vir, cenário favorável para a safra, atualmente estimada em nível recorde.
Em relação ao milho verão, não há mudança na estimativa de novembro comparada ao reporte de outubro da StoneX, ficando em 25,6 milhões de toneladas, nível pouco acima do ciclo passado. Assim como na soja, o clima é monitorado de perto, já que a produção do cereal ocorre no verão em grande parte do país, com destaque para Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que registram maiores volumes.
Sobre oferta e demanda, para a soja, as atenções se voltam para as exportações, após tratativas entre Estados Unidos e China em relação a tarifas comerciais. Já para o milho, a previsão é de consumo interno mais aquecido, puxado pela fabricação de etanol de milho.
Milho segunda safra
A primeira estimativa da safrinha de milho 25/26 da StoneX aponta produção de 107 milhões de toneladas, 4,1% abaixo do ciclo anterior. Apesar da expectativa de aumento de 1,3% na área plantada, impulsionado pela boa rentabilidade da safra 24/25, a produtividade da segunda safra segue incerta. Este ano, o clima favoreceu resultados, mas o cultivo após a soja enfrenta riscos de falta de chuvas e possíveis atrasos no plantio. Ainda é cedo para definições, inclusive sobre área, já que o plantio ocorrerá apenas no próximo ano.
