A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apresentou, em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (03), projeções atualizadas para o mercado de carne de frango no Brasil, indicando um cenário de crescimento moderado, porém consistente, para os próximos dois anos. Os dados revelam aumento na produção, ampliação das exportações e maior disponibilidade interna, acompanhados de elevação no consumo per capita.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a produção brasileira deve encerrar 2025 com até 15,3 milhões e alcançar até 15,6 milhões de toneladas em 2026. As variações projetadas representam avanços de 2,2% entre 2024 e 2025 e de 2 % no ano seguinte, consolidando o país como um dos maiores produtores globais.

As exportações também seguem trajetória positiva. Após embarcar 5,295 milhões de toneladas em 2024, o setor trabalha com meta de até 5,32 milhões em 2025 e até 5,5 milhões de toneladas em 2026. “O crescimento previsto é de 0,5%, acelerando para 3,4% em 2026, reflexo da demanda internacional aquecida e da competitividade brasileira”, ressalta Santin.

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Outro indicador destacado pela ABPA é a disponibilidade interna, ou seja, o volume destinado ao mercado doméstico. A projeção aponta aumento de 9,678 milhões de toneladas para até 9,98 milhões em 2025 e cerca de 10,1 milhões em 2026, variações de 3,1% e 1,2%, respectivamente. “Esse crescimento deve refletir diretamente no consumo nacional”, reforça Santin.
O consumo per capita, que em 2024 atingiu 45,5 kg por habitante, pode subir para até 46,8 kg em 2025 e atingir aproximadamente 47,3 kg em 2026. “O crescimento do consumo interno reforça a importância da carne de frango como proteína acessível para o consumidor brasileiro, especialmente em cenários econômicos desafiadores”, enfatiza o presidente da ABPA.
Santin ainda destacou que os números refletem a resiliência da cadeia produtiva, que vem investindo em eficiência, tecnologia e bem-estar animal para atender tanto ao mercado interno quanto às exigências internacionais. “O frango continuará sendo protagonista na mesa dos brasileiros e peça estratégica das exportações agropecuárias nos próximos anos”, evidenciou.
