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Exportações de carne de frango mantêm ritmo firme e indicam retomada do setor

* Roberto Kaefer e Paulo Cândido

As exportações brasileiras de carne de frango vêm registrando desempenho consistente e indicam um processo de retomada gradual. Dados preliminares da balança comercial, referentes à segunda semana de agosto de 2025, apontam crescimento na média diária dos embarques, reforçando a força da avicultura nacional no cenário internacional.

Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o valor médio diário das exportações brasileiras atingiu US$ 1,5 bilhão nas duas primeiras semanas de agosto. O número representa alta de 13% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a média foi de US$ 1,3 bilhão. No caso da carne de frango, o aumento registrado foi de 1,13%, um indicativo claro de que os embarques seguem firmes e com boa aceitação no mercado externo.

Esse desempenho ganha ainda mais relevância diante da suspensão temporária das compras por mercados estratégicos, como Chile, China e União Europeia. A manutenção do ritmo de exportações, mesmo diante desse cenário, evidencia a confiança de outros mercados na qualidade e regularidade do produto brasileiro.

A análise da média diária de exportações da agropecuária, que superou US$ 1,9 bilhão – com alta de 13,1% — reforça o peso da carne de frango no saldo positivo do setor. Embora os dados oficiais ainda não discriminem por segmento, é inegável o protagonismo da avicultura dentro do agronegócio nacional.

Outro dado relevante vem de julho de 2025, quando os embarques de carne de frango somaram 399,6 mil toneladas. Embora o volume tenha sido 13,8% inferior ao registrado em julho de 2024, representou um avanço significativo de 16,3% na comparação com junho deste ano. O salto demonstra que o setor avança de forma contínua na recuperação do espaço comercial, ainda que parcial.

O comportamento do mercado indica que, mesmo sem a liberação de destinos estratégicos, há demanda ativa e interesse crescente pelo produto brasileiro. Esse movimento deve ser observado com atenção, especialmente por sua capacidade de pressionar positivamente os preços, movimentar a cadeia produtiva e gerar divisas importantes para o país.

Paulo Cândido, diretor executivo do Sindiavipar

Além disso, a consistência das exportações pode ser interpretada como sinal de que o setor se adaptou às mudanças nos fluxos internacionais. A diversificação de mercados, a agilidade logística e o padrão sanitário mantido pela avicultura nacional são diferenciais competitivos que contribuem para sustentar os embarques.

Diante desse cenário, a carne de frango brasileira reafirma seu papel estratégico no comércio global de alimentos. A manutenção dos embarques em patamar elevado, mesmo com restrições em importantes destinos, mostra a solidez da cadeia produtiva, a confiança de mercados internacionais e a capacidade de adaptação do setor a contextos adversos.

Com a expectativa de reabertura gradual de mercados como China, Chile e União Europeia, o horizonte se amplia. A tendência é que o Brasil não apenas recupere espaços temporariamente interrompidos, mas também avance em novos acordos, diversifique ainda mais sua pauta de exportações e consolide uma trajetória de crescimento sustentado. O setor avícola se posiciona, assim, como um dos pilares mais dinâmicos e promissores do agronegócio nacional.

 

*Paulo Cândido é diretor executivo do Sindiavipar – Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná.

*Roberto Kaefer é presidente do Sindiavipar – Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná.

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