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Exportações firmes e custos em queda mantêm margens da suinocultura em alta

A suinocultura brasileira atravessa um dos momentos mais favoráveis dos últimos anos. Com a combinação entre custos de produção em queda e exportações em alta, as margens dos produtores seguem sólidas e acima da média histórica. Segundo dados da Consultoria Agro do Itaú BBA, a rentabilidade do setor atingiu cerca de 25% na primeira quinzena de junho, o que representa um lucro de aproximadamente R$ 240 por animal terminado, mais que o dobro do registrado há um ano, quando o resultado por cabeça era de R$ 94.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sustentação dos preços ocorre em meio a um ritmo de produção controlado. Os dados revisados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os abates de suínos no primeiro trimestre de 2025 cresceram 1,6% em relação ao mesmo período de 2024. Já o peso médio das carcaças aumentou 0,5%, levando a uma expansão total de 2,1% na produção de carne suína. No acumulado de janeiro a maio, os números do Serviço de Inspeção Federal (SIF) apontam alta de apenas 0,7% sobre o mesmo intervalo do ano passado, um avanço considerado moderado e dentro da normalidade para o setor.

Nos mercados internacionais, a carne suína brasileira segue ganhando espaço. Em maio, os embarques somaram 106 mil toneladas, volume 16% superior ao mesmo mês de 2024 e recorde histórico para o período. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as exportações cresceram 16,8% em relação a 2024. Além disso, o preço médio da carne exportada subiu 3,6% em relação a abril, alcançando US$ 2.590 por tonelada, o maior valor nominal registrado desde 2016.

Mesmo com a queda de 30% nos envios para a China, a diversificação dos destinos vem sustentando o desempenho. Países como Filipinas e Japão ampliaram significativamente suas compras,

Foto: José Fernando Ogura

com altas de 89% e 69% na comparação anual, respectivamente.

No mercado interno, os preços do animal vivo e da meia carcaça suína no atacado recuaram 1,4% em São Paulo na primeira metade de junho. Apesar da leve retração, o movimento é considerado discreto, especialmente quando comparado à pressão enfrentada pela carne de frango, que teve queda de 13% no mesmo período.

Com cenário de oferta equilibrada, demanda externa aquecida e alívio nos custos, que caíram 3% em maio e mais 2% na primeira quinzena de junho, a suinocultura segue firme em 2025. A expectativa do setor é de que as boas margens se sustentem ao longo do segundo semestre.

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