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Sobretaxa dos EUA deve redirecionar exportações de carne bovina brasileira ao mercado asiático

Uma retração nas vendas de carne bovina para os Estados Unidos pode ter impacto relevante para os frigoríficos brasileiros. O país é o segundo principal destino da proteína nacional, atrás apenas da China. Segundo o Ministério da Agricultura, os americanos respondem por 12% do volume exportado pelo Brasil, enquanto os chineses absorvem cerca de 48%.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o entrave comercial ocasionado pela sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros imposta pelo governo norte-americano, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto, a expectativa é de que os frigoríficos se direcionem ainda mais para o mercado asiático.

A situação, no entanto, também traz consequências para os próprios Estados Unidos. O consumidor norte-americano enfrenta uma inflação recorde da carne bovina, provocada por uma redução histórica no rebanho local. O resultado foi a alta no preço do boi, que atualmente custa o dobro do praticado no Brasil, o que impulsionou as importações nos últimos meses.

Apesar da importância do Brasil nas exportações, o principal fornecedor de carne bovina para os EUA é a Austrália. Os  dois países, porém, atuam em nichos distintos: enquanto os australianos abastecem diretamente os supermercados norte-americanos, o Brasil fornece, sobretudo, carne destinada à indústria de alimentos processados.

Até agora, a carne bovina brasileira vinha se destacando como a mais barata do mercado externo. No entanto, com a

Foto: Divulgação/Anffa Sindical

redução nas vendas para os Estados Unidos, os frigoríficos devem evitar destinar esse excedente ao mercado interno. A estratégia será manter o foco nas exportações, redirecionando os embarques para outros países, a fim de evitar impactos negativos nos preços internos.

Atualmente, o Brasil exporta carne bovina para mais de 100 países. A abertura de um escritório da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec) na China tem ampliado a presença brasileira no mercado asiático. Um reflexo recente dessa expansão foi a retomada das compras pelo Vietnã, que voltou a importar carne bovina do Brasil.

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