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O plantio do trigo para a safra 2025/26 no Brasil já está concluído, e agora o setor agrícola acompanha atentamente o comportamento do clima, que será determinante para a consolidação da produtividade. Geadas seguem como a principal preocupação, podendo impactar diretamente o desenvolvimento das plantas.
No Rio Grande do Sul, o avanço das lavouras em julho compensou atrasos anteriores provocados por chuvas em junho, com as lavouras apresentando, até o momento, bom desenvolvimento. No Paraná, geadas registradas no final de junho reduziram a produtividade no Norte do estado. Segundo a Conab, a área plantada no Paraná fechou em 2,5 milhões de hectares, 17% menor que a safra anterior. A produção esperada é de 7,8 milhões de toneladas, praticamente estável frente à 2024/25, apoiada por uma perspectiva de aumento de 19% na produtividade.
Foto: Jaelson Lucas
O custo de insumos continua sendo um desafio. A relação de troca para a ureia, entre junho e julho, ficou acima da média dos últimos cinco anos, e produtores que não adquiriram fertilizantes antecipadamente enfrentaram limitações na aplicação. Apesar disso, as condições climáticas até o momento têm favorecido o crescimento das lavouras, e os meses de agosto e setembro serão decisivos para garantir bons rendimentos.
Na Argentina, a semeadura de trigo também foi concluída, com 96% das áreas em condições normais a excelentes até 30 de julho. O país deve manter a oferta ao Brasil, que segue dependendo das importações para abastecimento interno. Com isso, a expectativa é que os preços continuem competitivos, pressionando a paridade de importação e os valores do trigo no mercado doméstico.
