O farelo de soja continua a enfrentar forte pressão no mercado internacional, registrando em julho a sexta queda mensal consecutiva em Chicago. O produto recuou 6,2% ante junho, chegando a patamar abaixo de US$ 269 por tonelada, refletindo a oferta elevada decorrente do aumento do esmagamento global, superior à demanda.
Em contraste, o óleo de soja apresentou valorização expressiva, com alta de 9% em julho, para US$ 52,29 por libra-peso, consolidando a quarta alta mensal consecutiva. O movimento reflete a firmeza da demanda internacional e deu suporte ao óleo de palma, que avançou 3% no mês, para US$ 1.005 por tonelada, apoiado pela valorização do derivado da soja.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
No mercado doméstico, o farelo de soja também sofreu retração de 6,1% em julho frente a junho, pressionado pelos preços internacionais e pela concorrência da soja argentina, que reduziu os prêmios pagos no Brasil. Já o óleo de soja voltou a se valorizar após dois meses de queda, com alta de 4% no Mato Grosso, alcançando R$ 5.955 por tonelada, impulsionado pela entrada em vigor do B15 a partir de 1º de agosto.
No acumulado de janeiro a julho de 2025, a exportação de farelo de soja somou 14 milhões de toneladas, 5% acima do mesmo período de 2024. Os embarques de óleo de soja atingiram 1 milhão de toneladas, crescimento de 16,5% sobre o ano passado.
O mercado segue atento às dinâmicas de oferta e demanda, com o farelo pressionado por estoques elevados e o óleo sustentado pela demanda interna e internacional.