As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 15,6 bilhões em agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Itaú BBA Agro. O resultado representa uma queda de 8,3% em relação a julho, mas mostra alta de 1,5% frente a agosto de 2024.
A soja foi destaque do mês, com 9,3 milhões de toneladas embarcadas, avanço de 16% frente ao mesmo período do ano passado, impulsionada pela demanda da China, que absorveu 85% do grão. Apesar do aumento no volume, o preço médio recuou 4,4%, para US$ 415,4/t. O óleo de soja também ganhou espaço, com crescimento de 40% nas vendas externas.

Foto: Claudio Neves
Na pecuária, os embarques de carne bovina in natura atingiram 269 mil toneladas, um recorde histórico para agosto e 24% acima de 2024. O preço médio da tonelada seguiu em alta, chegando a US$ 5.600,47, 26% maior na comparação anual. Já a carne de frango recuou 3,2% em volume frente ao mesmo mês do ano passado, com queda de 12,9% nos preços, enquanto a carne suína cresceu 1,5% em embarques, com valorização de 4,9% no preço médio.
No setor sucroenergético, as exportações de etanol aumentaram 15% em volume, mas os preços recuaram 7,5%, a US$ 523,6/m³. Já o açúcar VHP teve retração de 5,4% nos embarques e queda de 12% nos preços, enquanto o refinado cresceu 3% em volume, porém com desvalorização de 16%.
Entre os produtos que registraram forte queda, o destaque foi o café verde, com retração de 31% em volume exportado. Apesar disso, os preços dispararam 47%, atingindo US$ 6.179,7/t.
As vendas para os Estados Unidos foram impactadas pelas tarifas impostas recentemente. As exportações totais para o país recuaram 18,5% frente a agosto de 2024, e o agronegócio respondeu por apenas 28% do total de US$ 2,8 bilhões. Produtos florestais, café e carne bovina estiveram entre os mais afetados.