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A segunda quinzena de outubro começa com grande expectativa para o plantio da safra de soja 25/26 nos estados do Centro-Oeste, mas a irregularidade das chuvas tem gerado preocupação, especialmente em Goiás. De acordo com mapas da EarthDaily, a umidade do solo no estado não apresentou recuperação significativa desde o início do mês, atingindo o menor patamar dos últimos 20 anos.
“O patamar que estamos vendo para este ano, na linha preta tracejada do gráfico, é o menor das últimas duas décadas e isso não deve mudar muito nas próximas duas semanas”, afirma Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.
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Até o momento, o plantio da soja em Goiás avançou pouco, com apenas 2% a 5% das áreas plantadas, concentradas principalmente em regiões irrigadas, segundo o IFAG (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás).
“Temos muitos produtores de algodão que precisam adiantar o plantio em áreas irrigadas para manter a janela ideal, enquanto outros arriscaram plantar no pó, na esperança de chuvas. O normal seria já termos umidade nesse momento, mas este ano as precipitações estão mais atrasadas e o previsto até o final de outubro não deve ajudar muito para o avanço do plantio”, alerta Leonardo Machado, gerente técnico do IFAG.
No Mato Grosso do Sul, a situação também é preocupante. As chuvas registradas ao longo de outubro foram insuficientes para garantir uma umidade de solo adequada.
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“Na média dos últimos anos, costuma chover cerca de 117 milímetros em outubro no Mato Grosso do Sul. No entanto, a previsão para este ano é de apenas 35 a 42 milímetros até o fim do mês. Isso gera preocupação com a umidade do solo, que precisa ser monitorada de perto”, comenta Felippe Reis.
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Já no Mato Grosso, as condições variam conforme a região. Enquanto municípios ao norte receberam volumes mais significativos de precipitação, áreas centrais, leste e sul do estado continuam com baixa umidade. Segundo os mapas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de chuvas para os próximos sete dias indica que o oeste e o norte do Mato Grosso devem receber entre 30 e 80 milímetros, enquanto o leste e sudeste devem registrar volumes entre 10 e 30 milímetros. Goiás segue dentro dessa mesma média, assim como o oeste e norte do Mato Grosso do Sul.
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Apesar do cenário atual, o prognóstico trimestral do Inmet, que considera o período de novembro de 2025 a janeiro de 2026, é mais otimista. A previsão aponta chuvas acima da média para a região (representadas pelos tons de azul nos mapas), com volumes acumulados entre 500 e 1.200 milímetros (tons de verde).
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