O mercado internacional de grãos projeta ajustes relevantes para o milho norte-americano na safra 2025/26, com expectativa de queda na produção e aumento dos estoques finais. A produtividade média das lavouras deve recuar para 185 bushels por acre, redução de 0,9% em relação ao número anterior, de 186,7 bushels por acre, refletindo a piora nas condições das plantações ao longo de setembro.

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Com isso, a produção total dos Estados Unidos tende a cair de 427,1 milhões para 422,8 milhões de toneladas, recuo de 1%. Apesar da menor oferta, o mercado estima estoques finais mais altos, chegando a 56,7 milhões de toneladas, aumento de 5,7% em relação ao mês anterior (53,6 milhões).
Segundo Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, o movimento é resultado de estoques iniciais mais robustos, herdados da safra 2024/25, conforme apontado no levantamento trimestral do USDA. “Esses estoques maiores compensam a redução esperada na produção, o que mantém a perspectiva de um cenário baixista para o mercado”, explica.
Com o aumento das reservas e uma oferta global ainda confortável, as projeções indicam que o milho deve enfrentar maior pressão nas cotações internacionais ao longo do novo ciclo agrícola.