Safra 2025/26 avança com atraso e exige estratégias para enfrentar solo seco e janelas curtas de plantio

O fim de 2025 trouxe ao agro brasileiro um cenário de otimismo moderado, marcado por boas projeções de produção, mas também por sinais de alerta no campo. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2025/26 deve alcançar 354,8 milhões de toneladas de grãos, impulsionada pela expansão da área cultivada para 84,4 milhões de hectares. A soja, carro-chefe do país, deve ocupar 49,1 milhões de hectares, com previsão de 177,6 milhões de toneladas.

Apesar das projeções volumosas, o avanço do plantio acende uma luz amarela. Na segunda quinzena de novembro, a semeadura de soja atingia 69% da área prevista, índice inferior ao registrado no mesmo período da safra passada. O principal fator por trás do atraso é a irregularidade das chuvas, que compromete a umidade do solo e impede o plantio em condições ideais para germinação.

Photo: Daiane Mendonça

A situação reacende um debate recorrente entre produtores e técnicos: a importância do preparo antecipado do solo e da qualidade das sementes. Em um ciclo iniciado com solo mais seco e janelas de plantio mais estreitas, as fases iniciais da lavoura tornam-se decisivas para o resultado final. Nesse contexto, crescem o interesse e a adoção de soluções voltadas à saúde do solo, estímulo microbiológico e vigor das plântulas.

Entre essas alternativas, ganham espaço insumos capazes de atuar desde o tratamento de sementes até a fertirrigação no início do ciclo. Produtos à base de organominerais, formulados para fortalecer o sistema radicular e dinamizar a microbiota do solo, mostram potencial para melhorar a uniformidade da emergência e aumentar a tolerância ao estresse hídrico, fator crítico em anos de chuvas irregulares.

Mais do que simplesmente avançar com o plantio, especialistas reforçam que o desafio agora é preparar as bases para uma safra 2026 mais estável. Em um ambiente marcado por atraso na semeadura, clima errático e solo seco, soluções técnicas que garantam emergência vigorosa e desenvolvimento inicial uniforme tornam-se essenciais para reduzir riscos e sustentar a produtividade.