De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a suinocultura brasileira deve encerrar o ano em um cenário favorável, sustentado pela demanda doméstica firme, custos controlados e avanço das exportações. A expectativa é de que os preços do animal permaneçam apoiados pelo consumo típico do período festivo, garantindo margens positivas aos produtores.
Mesmo que não alcancem o pico de R$ 10/kg registrado no início de dezembro de 2024, as cotações devem seguir em níveis remuneradores, uma vez que os custos de produção continuam bem inferiores aos observados no ano passado. No comércio exterior, a tendência é de manutenção do ritmo forte de embarques, com potencial para ampliar o acumulado anual, atualmente em 13%, já que os meses finais de 2024 tiveram desempenho mais fraco.

Photo: Ari Dias
Para 2026, o Itaú BBA Agro destaca dois fatores centrais. O primeiro é a expectativa de custos estáveis para a ração, apoiada na perspectiva positiva para a produção de grãos no ciclo 2025/26. O segundo é a continuidade da expansão da produção, que já vem ganhando ritmo devido às boas margens capturadas pelo setor.
O desafio, contudo, será equilibrar o aumento da oferta com a necessidade de crescimento contínuo da demanda, especialmente a externa, que tem surpreendido positivamente este ano. Historicamente, ciclos de margens elevadas impulsionam o aumento dos abates, reforçando a importância de monitorar o comportamento dos compradores internacionais.
Embora o cenário para 2026 continue “construtivo”, com custos sob controle e boas perspectivas para o mercado externo, o Itaú BBA Agro recomenda cautela frente a eventuais mudanças abruptas no ambiente global.
