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Plantio direto minimiza impactos da falta de chuva nas lavouras do oeste de Mato Grosso

A Quarta Temporada do Mato Grosso Clima e Mercado chegou nesta terça-feira (25.11) aos núcleos de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. No sexto episódio, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) acompanhou o andamento da safra 2025/26 em mais duas regiões do estado, marcadas pelo atraso das chuvas no início do plantio.

Em Tangará da Serra, o produtor Geraldo Cesar Preto explicou que a semeadura só avançou após a segunda quinzena de outubro, quando as precipitações voltaram de forma mais regular. Segundo ele, o plantio direto ajudou a reduzir os impactos da estiagem inicial em algumas áreas.

“O nosso plantio foi iniciado na segunda quinzena de outubro em função das chuvas que ocorreram no final de setembro, mas que logo foram interrompidas. A partir do momento que nós iniciamos o plantio, ele foi contínuo, sem interrupções por falta de precipitações. Alguns produtores aqui da região que plantaram no final de setembro, perceberam que as lavouras sofreram um pouco, mas com o plantio direto, milho e braquiária, em função da quantidade de matéria orgânica, as áreas superaram esse início difícil”, disse o produtor ao reforçar que as práticas sustentáveis vem colaborando com a produção.

Sobre o estado atual das lavouras, Geraldo afirma que o desenvolvimento tem sido positivo. “Agora as chuvas estão colaborando, apesar de não serem grandes quantidades. A expectativa, por enquanto, é de uma boa produtividade. Não temos muitos relatos de problemas com aplicações, estamos controlando as ervas daninhas, iniciamos as aplicações de fungicidas. Já a expectativa de colheita vai depender se o clima vai continuar colaborando”, afirmou.

Em Campo Novo do Parecis, a delegada coordenadora do núcleo, Clarete Brolio, conversou com o produtor Alessio Martelli sobre as condições do plantio na região.

“Tivemos variações dentro do município, mas no geral foram em pontos isolados em que tivemos pouca chuva. A maior parte do plantio começou com bastante umidade, muitos plantaram 50 % da área e quando tivemos uma pausa nas precipitações, tivemos que esperar para finalizar toda a área. Nós mesmo começamos a plantar dia 18 de setembro, que era o programado, e acabamos dia 15 de outubro, dentro da data prevista”, contou Martelli.

O produtor avalia que o desenvolvimento das lavouras tem gerado uma boa expectativa para a safra, mas lembra que a questão logística pode trazer desafios no período de colheita, principalmente para quem não possui estrutura própria.

“Os armazéns da cidade são praticamente os mesmos desde quando cheguei aqui. A produção cresceu, graças à tecnologia e ao aumento da produtividade por hectare, mas a capacidade de armazenagem não acompanhou esse avanço. Em algumas fazendas até tivemos ampliação, mas ainda é pouco. Para quem não tem armazém próprio, a situação deve ser mais difícil este ano, porque a colheita da soja deve vir em duas etapas. Sem espaço para guardar na propriedade, muitos produtores podem enfrentar dificuldades”, completa.

A delegada coordenadora de Campo Novo do Parecis, reforçou a relevância do Mato Grosso Clima e Mercado para os produtores. “Eu considero o MT Clima e Mercado uma iniciativa muito importante para nós produtores. É uma forma de acompanhar a realidade de outras regiões e entender, de fato, o que está acontecendo no campo. E a Aprosoja MT mostra a verdade, não apenas defende o setor, mas apresenta a realidade como ela é.”, disse Clarete Brolio.

Com o sexto episódio, a Aprosoja MT segue mostrando como o clima têm afetado de maneira diferente cada microrregião do estado. Nesta quarta-feira (26.11), a série passa pelos núcleos de Sapezal, Campos de Júlio e Comodoro.

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