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Brasil reforça presença global com US$ 155,25 bilhões em exportações do agronegócio

Novembro trouxe um sinal importante para o agronegócio brasileiro. Mesmo com preços internacionais mais moderados, as exportações do setor atingiram US$ 13,4 bilhões, alta de 6,2% sobre o ano anterior, impulsionadas pelo maior volume embarcado (+6,5%). Os dados, divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), reforçam que o país segue ampliando sua presença global, mas também evidenciam um ponto crítico: sustentar resultados em um cenário de clima instável e pressão crescente de doenças depende de uma eficiência cada vez maior dentro da lavoura.

De janeiro a novembro de 2025, o Brasil alcançou US$ 155,25 bilhões em exportações do agro, o maior valor já registrado para o período. A China lidera as compras, com US$ 52,02 bilhões, seguida pela União Europeia (US$ 22,89 bilhões) e pelos Estados Unidos (US$ 10,48 bilhões). Mercados estratégicos como Índia (+11%) e México (+8,5%) ampliaram aquisições, enquanto a abertura comercial dos últimos anos, responsável por 500 novos mercados desde 2023, segundo o MAPA, impulsiona produtos que antes tinham menor participação internacional.

Esse crescimento, porém, ocorre em um ambiente produtivo desafiador. Estudos da Embrapa indicam que a incidência de doenças agrícolas deve intensificar 46% até 2100, especialmente em culturas como soja, café, hortaliças e frutas. O agrônomo, especialista em Gestão e Tecnologias Agrícolas, Thiago Grimm, enfatiza que em anos de maior pressão sanitária, falhas de manejo e deriva podem comprometer em até 90% a produtividade. “Eventos climáticos extremos intensificam o ciclo de pragas e doenças, exigindo maior precisão no uso de insumos e na proteção de áreas produtivas”, salienta.

O desempenho de novembro reforça essa leitura. A soja em grãos somou US$ 1,83 bilhão (+64,6%), enquanto o café verde alcançou US$ 1,5 bilhão (+9,1%), ambos com forte aumento de volume. A celulose registrou US$ 939,2 milhões (+8,6%) e 1,85 milhão de toneladas exportadas (+14,3%), e o algodão atingiu US$ 640,1 milhões (+18,6%) e 402,5 mil toneladas (+34,4%), segundo o Mapa.

Feijões, pulses e gergelim também seguem em trajetória de expansão, impulsionados pela entrada em mercados como Rússia, Líbano, Costa Rica, Peru, China, Coreia do Sul, Malásia e África do Sul. Em novembro, o gergelim teve recorde histórico, com US$ 70,9 milhões exportados e 72,3 mil toneladas embarcadas.

Embora atuem em segmentos distintos, todas essas cadeias compartilham a mesma dependência de regularidade, qualidade e conformidade sanitária para sustentar competitividade. “É nesse ponto que a engenharia de aplicação se torna determinante, mesmo sendo um elo pouco visível no processo produtivo. Quando há falhas na formação de gotas, subdosagem ou cobertura limitada, a eficiência dos tratamentos fitossanitários cai, aumentando a deriva, elevando custos com reaplicações e ampliando a pressão de resistência nas lavouras”, ressalta Grimm.

Essa busca por eficiência se torna ainda mais relevante em um momento em que novos compradores impõem padrões mais rígidos e ampliam a demanda por rastreabilidade, regularidade de oferta e produtos com menor variabilidade sanitária. Para competir globalmente, o Brasil precisa reduzir perdas no campo, otimizar o uso de insumos e fortalecer tecnologias que permitam enfrentar o clima e a pressão crescente de doenças.

A engenharia de aplicação se consolida como uma das bases estruturais do agronegócio brasileiro. É ela que, de forma quase invisível, garante que cada tonelada exportada cumpra os requisitos técnicos que sustentam o lugar do país entre os maiores fornecedores de alimentos, fibras e energia do mundo.

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