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Exportações da carne bovina crescem, mas tarifa dos EUA pressiona arroba no Brasil

Mesmo com a imposição de tarifas mais elevadas pelos Estados Unidos, as exportações brasileiras da cadeia bovina continuam em alta neste ano. No primeiro semestre de 2025, os embarques para o mercado norte-americano ultrapassaram 181 mil toneladas, mais que o dobro das 85 mil toneladas registradas no mesmo período de 2024.

Apesar do desempenho positivo, o anúncio recente de uma tarifa adicional de 50% pelo governo dos EUA já provoca reflexos no mercado interno. Segundo levantamento do Cepea, nesta semana a arroba do boi foi comercializada a R$ 296,10, a primeira vez abaixo dos R$ 300,00 desde outubro do ano passado.

O impacto da nova tarifa também foi analisado no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), referente à semana de 18 a 24 de julho. No documento, os técnicos destacam que, ao contrário da bovinocultura, a piscicultura paranaense não deve sofrer efeitos significativos, mesmo com a taxação mais alta dos EUA.

Em 2024, o Paraná exportou 7,6 mil toneladas de peixes para o mercado norte-americano, gerando uma receita de US$ 34,3 milhões (cerca de R$ 200 milhões). Segundo Edmar Gervásio, analista de piscicultura do Deral, mesmo com a possível concretização da tarifa, as duas principais cooperativas paranaenses envolvidas na exportação devem manter as operações. “O foco atual é abrir e consolidar um novo segmento de mercado, mais do que obter lucro imediato”, explica.

Com faturamento anual somado superior a R$ 32 bilhões, essas cooperativas teriam impacto inferior a 1% com a medida. “Num cenário extremo, em que as exportações sejam totalmente interrompidas, o mercado doméstico tem plenas condições de absorver esse volume sem provocar desequilíbrios ou oscilações nos preços”, avalia Gervásio.

O boletim também traz atualizações sobre os custos de produção na suinocultura e avicultura. No primeiro semestre, o custo médio de produção do suíno vivo no Paraná foi de R$ 6,17 por quilo — aumento de R$ 0,57 em relação ao mesmo período de 2024, puxado principalmente pela alta na ração.

Na produção de frango vivo, o custo chegou a R$ 4,72 por quilo em junho, 3,1% a mais do que o registrado no mesmo mês do ano passado (R$ 4,58). No acumulado dos últimos 12 meses, os maiores aumentos foram observados nos itens de genética e sanidade.

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