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Produção e exportação de ovos batem recordes em 2025

O ano de 2025 ainda não se encerrou, mas o setor nacional de ovos já tem firmeza para indicar que este foi um ano positivo! O volume exportado alcança recordes, ao mesmo tempo em que a produção brasileira de ovos segue crescente e nas máximas históricas, reforçando o papel do Brasil em atender às crescentes demandas doméstica e internacional.

No primeiro semestre, as exportações brasileiras de ovos somaram 24,9 mil toneladas de ovos in natura e processados, quase triplicando o volume escoado de janeiro a junho de 2024 e o melhor desempenho para o período, considerando-se toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997.

Artigo escrito por Claudia Scarpelin, pesquisadora de ovos do Cepea

O impulso veio sobretudo do aumento dos envios aos Estados Unidos, que, por sua vez, intensificaram as compras externas de ovos (sobretudo do Brasil), devido a um surto de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no país norte-americano, comprometendo o abastecimento interno.

Além dos Estados Unidos, diversos países também registraram casos de IAAP, seja em aves de subsistência ou granjas comerciais. No Brasil, o primeiro e único registro em granja comercial até o momento ocorreu no dia 15 de maio, no município de Montenegro (RS). Mesmo com as restrições impostas por muitos países às exportações brasileiras após o foco, os embarques de ovos alcançaram, em maio, o maior volume mensal da série Secex, somando 5,36 mil toneladas – desse total, 77,8% foram direcionados aos norte-americanos, evidenciando a crescente demanda.

Após ter cumprido com excelência todos os protocolos internacionais, em junho, o Brasil voltou a ser certificado como livre da doença pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

No mercado interno, a produção de ovos para consumo somou 2,03 bilhões de dúzias no primeiro semestre de 2025, volume 9,2% maior que o registrado em igual intervalo de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, especificamente, a produção atingiu o recorde de 349,5 milhões de dúzias, superando em 7% a do mesmo mês do ano passado. Esse cenário evidencia a resiliência do setor, que continuou expandindo sua produção em meio ao risco sanitário.

Foto: Shutterstock

Diferente das demais proteínas, a maior parte da produção nacional de ovos é destinada ao mercado doméstico, com a parcela exportada limitando-se a 1%, em média. Em junho, porém, estimativas do Cepea indicam que essa participação saltou para 3%, visto que os embarques bateram o segundo recorde consecutivo (6,56 mil toneladas).

A tendência de alta nas exportações observada ao longo dos seis primeiros meses do ano foi interrompida em julho. A retração nos envios refletiu a queda de 31% nos embarques aos EUA no mês em que o governo norte-americano anunciou a imposição da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, em vigor desde o dia 6 de agosto. Com isso, em agosto, os EUA perderam a liderança dentre os principais destinos da proteína nacional para o Japão, posição que ocupavam desde março deste ano. Em setembro, os embarques recuaram pelo terceiro mês consecutivo para o menor volume do ano.

Mesmo com a retração das vendas externas no terceiro trimestre, o desempenho da parcial deste ano segue positivo. De janeiro a setembro, o Brasil embarcou cerca de 34,4 mil toneladas de ovos in natura e processados, quantidade 174% acima da de igual intervalo do ano passado (12,54 mil toneladas) e 86% superior a enviada em todo o ano de 2024 (18,47 mil toneladas).

Preços internos

Nesse cenário, apesar das exportações crescentes, a disponibilidade interna elevada, reflexo da produção recorde, tem pressionado as cotações da proteína no mercado brasileiro. Após atingirem as máximas históricas entre fevereiro e março, os preços vêm caindo desde abril – com exceção de agosto –, em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.

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