Com o ritmo de produção controlado e as exportações renovando recordes, os preços de carne de frango continuaram sustentados em março e na primeira quinzena de abril. Apesar do encarecimento do milho, o farelo de soja na direção contrária tem moderado o impacto no custo da ração.
Os preços do frango inteiro abatido se mantiveram firme sem março, na média de R$ 8,40/kg, patamar 15% superior frente a março de 2024, e voltaram a subir na primeira quinzena de abril, se aproximando dos R$ 9/kg nos últimos dias. Os custos de produção também vêm se elevando, reduzindo ligeiramente o spread da venda da ave no mercado interno, para cerca de 40%, embora ainda acima da média histórica de 35%.
De modo geral, as proteínas animais se mantiveram com preços elevados no primeiro trimestre. Nas três carnes (bovina, suína e frango) o ano tem sido marcado por pequenos aumentos das produções e novos recordes de exportação, apesar dos custos de ração evoluindo.
Do ponto de vista das relações de preços entre as carnes, mesmo com a ave firme, a relação continuou favorável na primeira quinzena de abril, da ordem de 2,3 kg de frango/kg dianteiro, acima da média de 2,06 kg frango/dianteiro e, portanto, ainda barato relativamente. Contudo, quando comparado com a meia carcaça suína, a relação piorou em abril.
As exportações de carne de frango in natura em março somaram 409 mil t, alta de 2,9% sobre março de 2024 e 3,3% no comparativo janeiro-março 2025/2024, superando o recorde do ano passado. Além disso, o preço médio (USD 1.889/t) também se elevou em 0,8% frente a fevereiro de 2025, sendo ainda 9% maior sobre março de 2024. Quando observamos os destinos no primeiro trimestre, chamam atenção os aumentos para o México (152%), que é o 7º maior comprador externo, Filipinas (22%) e Coreia do Sul (17%), mais que compensando as menores vendas para os Emirados Árabes (-10%), primeiro colocado e China ( -22%),terceiroprincipalno1T25