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Os preços do boi gordo caíram em maio, um movimento comum neste período de safra. Apesar das fortes exportações, os preços das carcaças no mercado interno recuaram, também influenciando na baixa do boi. Por outro lado, o bezerro avançou um pouco mais, prejudicando a reposição para o terminador.
As exportações de carne bovina continuaram fortes em abril, marcando um novo recorde para o mês, com 242 mil toneladas in natura, 16% maior que o mesmo mês do ano anterior, mesmo com cinco dias úteis a menos. No acumulado de janeiro à abril de 2025/24 o crescimento foi de 13%. Além disso, o preço médio de embarque in natura subiu 3% em relação a março de 2025, voltando aos US$ 5 mil de toneladas. As fortes exportações têm sido determinantes na sustentação dos preços, sobretudo porque a oferta de gado terminado continua forte neste ano.
Foto: Shutterstock
Os dados preliminares de abates do IBGE indicaram alta de 3,8% no total abatido no 1º trimestre de 2025 sobre o igual período do ano anterior. No entanto, a produção de carne cresceu menos (1,6%) em função da maior participação de fêmeas. Já os dados do Indea/Imea, referentes a abril, indicaram um percentual de fêmeas de 57%, superior a abril de 2024. No acumulado dos quatro primeiros meses, o total de fêmeas abatidas no Mato Grosso cresceu 6% mas o de machos caiu 9%, de modo que o total abatido no estado foi 1% menor no quadrimestre.
Do ponto de vista dos preços, o boi gordo perdeu força a partir do final de abril, com o animal em São Paulo sendo negociado próximo de R$ 300/Arroba em 21 de maio, cerca de 5% menor frente ao início do mês. Além da boa oferta, típica do período do ano (safra) os preços das carcaças bovinas em queda também têm restringido a recuperação.
Além da queda do boi, chamou atenção o movimento do bezerro na direção contrária, estável frente ao início do mês mas com a média parcial de maio (até o dia 21) 4% maior que a de abril, prejudicando a relação de troca.
