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Investimento em silos e estratégia na venda pode render até 20% a mais por safra

Armazenar grãos no Brasil envolve gastos expressivos, que vão além do investimento inicial na construção de silos ou galpões. Custos operacionais e de manutenção incluem energia, mão de obra especializada, manejo de equipamentos, segurança fitossanitária, como fumigação e monitoramento de pragas, e seguros, conforme levantamento da Consultoria Agro Itaú BBA.

Diversos fatores influenciam o custo de armazenagem: oferta de grãos, tecnologia disponível, escala da operação, localização e eficiência operacional. Estruturas modernas e automatizadas tendem a reduzir o custo unitário em grandes volumes, permitindo controle de temperatura, aeração e pragas, além de automação no carregamento e descarregamento, diminuindo perdas.

Fonte: Conab/Itaú BBA

Produtores em regiões distantes de portos ou polos consumidores enfrentam fretes mais caros e precisam armazenar os grãos à espera de uma janela de venda vantajosa. Nessas situações, ter um silo próprio evita vender rapidamente na “boca da safra”, quando o preço está baixo e o transporte, caro. Caso não possuam armazéns locais, os produtores precisam arcar com custos de transporte imediato ou aceitar descontos no preço, por meio de prêmio ou “basis” negativo.

Fonte: Eikon/Cepea

O momento da venda impacta diretamente a rentabilidade. No primeiro semestre, durante a safra, os “basis” ficam pressionados e os fretes, mais elevados. Já no segundo semestre, esses indicadores tendem a se tornar mais favoráveis. Um exemplo prático ocorreu no ano passado em Sorriso (MT), uma das principais praças produtoras de soja: em março, durante a safra, a média mensal da soja foi de R$ 103 por saca. Em outubro, na entressafra, o preço médio subiu para R$ 132 por saca, uma valorização de R$ 29 por saca.

Foto: Nelson Almeida

A possibilidade de armazenar o grão e vender na entressafra permite ao produtor capturar parte dessa valorização. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que 41% dos produtores com armazém próprio obtiveram ganhos adicionais de 6% a 20% nas últimas três safras, graças à capacidade de escolher o momento mais vantajoso para a comercialização.

Especialistas reforçam que, embora a armazenagem exija investimentos significativos, a estratégia pode gerar maior poder de negociação, reduzir perdas e ampliar a receita do produtor, tornando o custo um investimento estratégico em vez de apenas uma despesa operacional.

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