Os preços da soja registraram forte valorização no mercado internacional em outubro e início de novembro, impulsionados pelo acordo comercial entre Estados Unidos e China. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, a commodity abriu outubro cotada a US$ 10,13 por bushel e fechou o mês em US$ 10,99, acumulando alta de 9%. Na primeira quinzena de novembro, a média chegou a US$ 11,09 por bushel, um aumento de 7,5% sobre outubro, com a expectativa de que a China adquira 12 milhões de toneladas ainda este ano e 25 milhões nos próximos três anos.
No Brasil, no entanto, a alta internacional não se refletiu integralmente nos preços ao produtor. Os prêmios da safra 2025/26 recuaram, mantendo a paridade de exportação no Mato Grosso em torno de R$ 105 por saca. No mercado spot, as cotações caíram levemente, com a saca em Sorriso negociada a R$ 119 (-1%).
O plantio da soja avança abaixo do esperado devido à irregularidade das chuvas, com maiores atrasos em Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Tocantins. Casos pontuais de replantio foram registrados em Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Paraná. Apesar dos desafios climáticos, as projeções indicam produção nacional próxima de 178 milhões de toneladas para a safra 2025/26, mantendo perspectivas favoráveis para o país.
