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PEQUIM/CHICAGO, 17 de março (Reuters) – Pequim renovou os registros que permitem que centenas de instalações de carne suína e de aves dos EUA exportem para a China, disseram grupos do setor na segunda-feira, depois que lapsos ameaçaram as remessas para o maior importador de carne do mundo.
As renovações são um alívio para os agricultores e empresas de carne dos EUA, que enfrentam disputas comerciais com grandes importadores agrícolas, incluindo China e Canadá, sob o governo do presidente Donald Trump.
Acredita-se que a China tenha renovado por cinco anos os registros para instalações de carne suína e de aves dos EUA que expiraram em fevereiro e no fim de semana, de acordo com a US Meat Export Federation e o USA Poultry and Egg Export Council. Ambos os grupos disseram que as instalações de carne bovina dos EUA ainda não foram renovadas.
As remessas continuaram a passar pela alfândega de instalações com registros vencidos, mas os exportadores dos EUA não tinham certeza de quanto tempo isso duraria.
“Ficamos ansiosos por um tempo”, disse Greg Tyler, CEO do Conselho de Exportação de Aves e Ovos dos EUA.
Pequim exige que exportadores de alimentos se registrem na alfândega para vender produtos na China.
O site da alfândega da China mostrou que os registros de mais de 1.000 plantas de carne dos EUA concedidas pela China sob o acordo comercial “Fase 1” de 2020 expiraram no domingo. Isso foi aproximadamente dois terços de todos os registrados.
O acordo comercial encerrou a guerra comercial anterior entre EUA e China com uma promessa de Pequim de aumentar suas compras de bens e serviços dos EUA, incluindo carne, em US$ 200 bilhões ao longo de dois anos. A China não atingiu a meta, que foi acordada pouco antes da pandemia da COVID-19 atingir.
O Departamento de Agricultura dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A agência disse anteriormente que a China não respondeu a pedidos repetidos para renovar registros de plantas , potencialmente violando o acordo da Fase 1.
“Estamos satisfeitos em ver o progresso nas instalações de carne suína e esperamos notícias semelhantes sobre carne bovina o mais rápido possível”, disse Joe Schuele, porta-voz da Federação de Exportação de Carne dos EUA.
A guerra comercial de Donald Trump está causando um impacto significativo na economia global, de acordo com a OCDE.
Pequim impôs tarifas retaliatórias sobre cerca de US$ 21 bilhões em produtos agrícolas americanos neste mês, incluindo impostos de 10% sobre carne suína, bovina e laticínios dos EUA.
Em 2024, os EUA foram o terceiro maior fornecedor de carne da China em volume, atrás do Brasil e da
Argentina e respondendo por 9% do total de importações de carne da China. As remessas de carne dos EUA para a China atingiram US$ 2,5 bilhões no ano passado, tornando-se o segundo maior exportador em valor.
As exportações de produtos avícolas dos EUA sofreram devido a surtos de gripe aviária, mas a China continua sendo um mercado importante, disse Tyler.
“Precisávamos que esse mercado permanecesse aberto e essas renovações foram muito importantes para isso”, disse ele.
Reportagem de Mei Mei Chu em Pequim e Tom Polansek em Chicago; Edição de Lincoln Feast, Himani Sarkar e Marguerita Choy
