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Com liberação da China, Paraná reforça liderança nas exportações de carne de frango

O governo da China retirou as restrições que estavam impostas à exportação de carne de frango do Brasil na sexta-feira (07). O reflexo da medida é positivo para o setor no Estado. O Paraná é líder nacional na produção de carne de frango. No segundo trimestre desse ano, o Estado respondeu por 558,6 milhões de unidades abatidas. O volume equivale a 34,1% de toda a produção do País no período.

Fotos: Ari Dias/AEN

Os estados vizinhos de Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%) completam o pódio, o que reforça o peso da região Sul neste segmento. “A China compra entre 10% e 12% de todo o frango que é produzido aqui no Paraná. Ela reconhece, mais uma vez, a sanidade agropecuária do Brasil, mas principalmente do Paraná, que é o maior produtor de frango do País. Então, o impacto é muito positivo, principalmente porque a China compra alguns produtos que não são bem consumidos no Brasil, como, por exemplo, o pé de frango”, disse o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Marcio Nunes.

Ele destacou também o tamanho do mercado chinês para esses derivados. “A China é o maior consumidor do mundo dessa cartilagem, que é característica de sua alimentação. Sem dúvida nenhuma, o produtor e o sistema cooperativista, o sistema integrador que conta com grandes empresas, terão um momento melhor”, disse Marcio Nunes.

Em 2024 o Paraná exportou para a China 280,51 mil toneladas (280.514.615 kg) de carne de frango, o que representou 12,9% do total de 2,17 milhões de toneladas (2.170.630.859 kg) exportadas pelo Paraná no período. Esse volume rendeu uma receita de US$ 695,46 milhões de dólares, de um total de US$ 4,03 bilhões gerados no período.

Em 2025 foram exportadas para a China 122,45 mil toneladas (122.450.052 kg), a uma receita de US$ 301,03 milhões. De janeiro a outubro de 2025, o Paraná exportou o total de 1,73 milhão de toneladas (1.734.987.394 kg) de carne de frango, a uma receita de US$ 3,07 bilhões. Os dados são do sistema do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Comex Stat/MDIC). “A China foi o principal destino das exportações paranaenses de carne de frango entre 138 países em 2024. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, mesmo com a suspensão das exportações, a China ainda figura como um dos principais destinos da carne suína paranaense, ocupando a terceira posição da lista de 143 países”, explica Priscila Cavalheiro Marcenovicz, médica-veterinária e técnica do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab),.

“A reabertura do mercado chinês para a carne de frango brasileira é uma excelente notícia para o país e, em especial, para o Paraná. A medida reforça a confiança internacional na qualidade e na sanidade da

avicultura brasileira, fortalecendo toda a cadeia produtiva. As cooperativas paranaenses, destaques desse setor, retornam a aproveitar oportunidades de exportação, gerando renda e fortalecendo o desenvolvimento regional, além de ajudar a consolidar o estado do Paraná como referência em eficiência, sustentabilidade e competitividade no mercado global deste setor”, afirma o analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Alexandre Monteiro.

Linha do tempo

A suspensão temporária das exportações havia sido adotada pela China em maio do ano corrente após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial localizada no município de Montenegro (RS). Desde 18 de junho, após a conclusão dos procedimentos de desinfecção da propriedade e de todas as ações sanitárias exigidas, o Brasil mantém o status de país livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).

Atualmente, apenas o Canadá mantém a suspensão total das importações de carne de aves provenientes do Brasil.

Controle no Paraná

O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), promove capacitação de fiscais e assistentes de defesa agropecuária para aprimorar e atualizar conhecimentos em relação ao atendimento de suspeitas de emergências avícolas.

A Adapar trabalha de forma ativa na vigilância sanitária para evitar a entrada do vírus no Estado. Atualmente são feitas análises por amostragem em mais de 300 propriedades. Além disso, se há qualquer informe de suspeita, o atendimento é feito em menos de 12 horas. Os técnicos também atuam na vigilância de aves migratórias no litoral do Estado e na disseminação de informações sobre os cuidados que os proprietários precisam ter.

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