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Economista destaca o que falta para o Brasil consolidar as exportações de nutrição animal

A nutrição animal brasileira tem ampliado sua presença no comércio internacional, mas transformar essa expansão em consolidação exige mais do que volume de produção. Segundo o Alltech Agri-Food Outlook 2025, o Brasil produziu 86,6 milhões de toneladas de ração em 2024, mantendo-se entre os três maiores produtores mundiais. A posição expressiva, no entanto, vem acompanhada de desafios técnicos, regulatórios e estratégicos para competir em mercados cada vez mais seletivos.

Economista José Loschi: “O segredo está em adaptar o produto, o processo e o modelo de negócio”

Com gestão estruturada, inovação tecnológica, personalização das fórmulas e controle rigoroso de processos, o país vem demonstrando capacidade para disputar espaço global, aliando ciência, eficiência e inteligência de mercado. “O segredo está em adaptar o produto, o processo e o modelo de negócio. É isso que sustenta o crescimento e abre portas para novas parcerias internacionais”, afirma o economista José Loschi.

A seguir, Loschi aponta os principais desafios e soluções que têm impulsionado as empresas brasileiras de nutrição animal na busca por competitividade global.

1. Estrutura e gestão: o alicerce da expansão internacional

Entrar em novos mercados sem uma base sólida de governança e processos pode comprometer toda a operação. Cada país impõe regras específicas, exigindo rastreabilidade, certificações e documentação detalhada. “A exportação exige controle e padronização. Quando a gestão é sólida, conseguimos responder rapidamente a auditorias, adequar processos e garantir a confiança do importador”, expõe Loschi.

2. Personalização como diferencial competitivo

Exportar a mesma fórmula para diferentes países é um erro comum. Condições genéticas, climáticas e de manejo variam amplamente, influenciando o desempenho da nutrição animal. “Quando ajustamos a formulação ao metabolismo e ao ambiente local, entregamos mais eficiência e valor agregado. A personalização é o que diferencia o produto brasileiro lá fora”, salienta.

3. Inovação e tecnologia integrada à cadeia produtiva

Mercados internacionais valorizam rastreabilidade, sustentabilidade e inovação contínua. Sem integração tecnológica, perde-se visibilidade e competitividade.

Investimentos em dados, monitoramento nutricional e automação são fundamentais para atender exigências e antecipar tendências. “A tecnologia conecta pesquisa, formulação e eficiência. Ela garante que o produto brasileiro cumpra os padrões globais e mantenha o diferencial de custo e qualidade”, observa o economista.

4. Logística e inteligência na cadeia de suprimentos

A distância entre centros produtores, portos e mercados consumidores amplia custos e riscos. Além disso, infraestrutura deficiente e oscilações cambiais afetam previsibilidade e margens.

Planejamento logístico e parcerias regionais estratégicas ajudam a reduzir custos e assegurar regularidade no fornecimento. “Exportar é entender a rota, o risco e a dinâmica local. Uma boa logística reforça a confiança do cliente internacional”, destaca Loschi.

5. Conformidade regulatória e certificações: o passaporte da exportação

A diversidade de normas sanitárias e ambientais é um dos maiores entraves à exportação de ração e insumos nutricionais. Cada país exige comprovações de origem, composição e impacto ambiental, frequentemente atualizadas. “Cumprir a legislação não é apenas obrigação, é demonstrar compromisso com qualidade e transparência. A conformidade abre portas e consolida a imagem do Brasil como fornecedor confiável”, ressalta Loschi.

Com maturidade empresarial e foco em inovação, a nutrição animal brasileira mostra potencial para se tornar uma referência global, não apenas pelo volume produzido, mas pela capacidade de oferecer soluções adaptadas, tecnológicas e sustentáveis.

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