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Confinamento em alta: Mato Grosso amplia volume de bois terminados em 2025 mesmo com menos produtores na atividade

O terceiro levantamento de confinamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que o volume de animais confinados em Mato Grosso cresceu 4,05% em 2025, alcançando 928,67 mil cabeças. O avanço ocorre apesar da redução no número de pecuaristas que decidiram confinar, que passou de 85,65% em 2024 para 69,57% neste ano. O resultado indica uma concentração da atividade, com os confinamentos de maior porte ampliando suas operações e sustentando o crescimento total.

Entre os pecuaristas que optaram por manter a prática, o confinamento segue como o principal sistema de terminação, adotado por 97,30% dos entrevistados. O semiconfinamento foi mencionado por 29,73% e a Terminação Intensiva a Pasto (TIP) por 8,11%, demonstrando a adoção combinada de diferentes estratégias para melhorar o desempenho e a eficiência produtiva.

Já entre os produtores que não irão confinar, metade possui estrutura disponível, mas planeja migrar para alternativas como o semiconfinamento ou a TIP. Essa mudança reflete o movimento de intensificação da pecuária mato-grossense, com foco em terminar os animais mais cedo, com maior peso e competitividade.

O levantamento também mostra que os confinamentos menores têm deixado gradualmente a atividade. Entre os que não irão confinar em 2025, 72,73% possuem capacidade estática de até 1.000 cabeças. Por outro lado, entre os confinadores ativos, 50,00% têm estrutura superior a 2.001 cabeças, enquanto os de pequeno porte representam 34,21% da amostra. O cenário reforça a profissionalização do setor e a consolidação dos confinamentos mais estruturados.

O custo da diária confinada apresentou alta de 16,47% frente a 2024, alcançando R$ 13,79 por cabeça/dia. O aumento reflete o avanço dos preços dos insumos alimentares, mas ainda permanece abaixo dos patamares registrados durante o “boom das commodities” em 2020/21. A melhora da relação de troca entre boi gordo e milho, que atingiu 5,52 sacas por arroba, contribuiu para aliviar a pressão sobre as margens, beneficiando os pecuaristas que mantiveram o sistema.

Dentre os principais insumos utilizados, o farelo de algodão foi o que apresentou maior alta, com aumento de 49,35% no comparativo anual. O milho, base energética das dietas, subiu 33,98%, enquanto o DDG, copro­duto do etanol de milho que vem ganhando espaço pela sua boa relação custo-benefício, teve elevação de 20,33%. A maior demanda pelas indústrias de etanol ajudou a pressionar os preços desses ingredientes.

O estudo também identificou que o uso de mecanismos de proteção de preços permaneceu baixo. Apenas 4,17% dos entrevistados utilizaram trava a termo com frigoríficos, e 3,79% recorreram à bolsa de valores. Mesmo após o período de euforia causado pela taxação das exportações, não houve aumento significativo na adoção de hedge, o que indica um retorno à normalidade nas estratégias de comercialização.

Com margens mais positivas e estrutura concentrada em confinamentos de maior escala, Mato Grosso reforça sua posição como o maior estado confinador do país. A tendência para os próximos anos aponta para a continuidade da intensificação produtiva, aliada ao avanço de tecnologias e sistemas de terminação mais eficientes, tanto dentro quanto fora do cocho.

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