O mercado da soja permanece estável, sustentado por perspectivas climáticas positivas no Brasil e na Argentina. Mesmo com o desenvolvimento do fenômeno La Niña, as projeções indicam boas condições para o avanço do plantio e expectativa de produtividade elevada nas principais regiões produtoras.
No Brasil, o cenário climático segue favorável. Nas próximas semanas, as chuvas devem se consolidar sobre o Centro-Oeste e parte do Sudeste, garantindo boas condições para o desenvolvimento das lavouras. Apenas o Rio Grande do Sul exige maior atenção, devido à possibilidade de irregularidades nas precipitações.

Foto: Divulgação/Sistema Faep
Na Argentina, as últimas semanas foram marcadas por chuvas expressivas, inclusive com registros pontuais de alagamentos. De forma geral, porém, o solo está bem abastecido de umidade, o que deve garantir um início de plantio promissor. Caso Brasil e Argentina confirmem boas colheitas, o mercado global tende a ficar bem abastecido, com oferta recorde.
No cenário internacional, a recente decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais sobre produtos chineses reacendeu tensões comerciais com o país asiático. A medida, em resposta a restrições impostas por Pequim à exportação de terras raras, pode redirecionar parte da demanda chinesa para a soja brasileira.
Esse movimento tende a elevar os prêmios de exportação no Brasil e, ao mesmo tempo, pressionar as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT). O câmbio, por sua vez, deve exercer papel decisivo na formação dos preços internos — uma valorização do real poderia empurrar a cotação abaixo de R$100 por saca em Mato Grosso, conforme apontam análises de mercado.
